Covid-19: empresa brasileira vai testar anticorpo monoclonal contra o vírus


 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início dos estudos clínicos da fase 3 com o anticorpo monoclonal leronlimab contra a covid-19. A autorização foi anunciada nesta segunda-feira (02) pela Biomm, empresa responsável pela comercialização da substância no Brasil.

O estudo será liderado pela Academic Research Organization (ARO) do Hospital Israelita Albert Einstein em 35 centros de pesquisas brasileiros com 612 pessoas internadas por infecções provocadas pelo coronavírus e com necessidade de suporte para oxigenação. O objetivo é evitar o agravamento dos sintomas dos pacientes e evitar o uso de intubação. Ainda não há data prevista para início dos ensaios clínicos, que dependem da importação do medicamento, produzido pela empresa CytoDyn nos Estados Unidos. O remédio é considerado de interesse público para a prevenção ou tratamento da covid-19 pela Food & Drug Administration (FDA), órgão dos EUA semelhante à Anvisa.


        O que são anticorpos monoclonais?        

Uma das formas pelas quais o sistema imunológico do corpo ataca substâncias estranhas, como vírus, bactérias e câncer, é fabricando um grande número de anticorpos, capazes de se conectar a uma substância estranha, conhecida também como antígeno. Uma vez ligados, os anticorpos podem forçar outras partes do sistema imunológico a destruir as células que contêm a substância estranha.

Com o desenvolvimento da biotecnologia, os pesquisadores conseguiram criar proteínas que têm como alvo específico um determinado antígeno, como encontrado em células cancerosas ou no coronavírus. Essas proteínas criadas em laboratório, que imitam a capacidade do sistema imunológico de combater antígenos específicos, são chamadas de anticorpos monoclonais.

   Como funciona o leronlimab


      O leronlimab é um medicamento experimental que vem sendo estudado para tratar câncer e as infecções causadas pelo HIV. Com a pandemia de covid-19, o fármaco começou a ser testado também contra o Sars-CoV-2.

O remédio atua na prevenção de uma resposta excessiva do sistema imunológico dos pacientes infectados, conhecida como “tempestade de citocinas”, quando o corpo produz um nível excessivo de citocinas inflamatórias. A tempestade é considerada pelos cientistas como a causa provável do agravamento dos casos de pacientes com covid-19, o que pode causar a morte.

Autor original: Aléxis Cerqueiras Góis

Fonte: Tecmundo.com.br



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